Em sua primeira fala pública após o IPO do Facebook, o CEO Mark Zuckerberg admitiu que a abertura de capital foi um fracasso e disse que a rede social está sendo subestimada por causa do desempenho no mercado de ações.
“Nao faço bons produtos para ganhar dinheiro, ganho dinheiro para fazer bons produtos”, voltou a afirmar Zuckerberg, desta vez em resposta a uma pergunta de Michael Arrington no TC Disrupt, que acontece esta semana, em São Francisco.
Zuck chegou a afirmar que a decepção com o desempenho na bolsa tem desmotivado a equipe da rede social. Pela primeira vez, Zuck admitiu erros, especialmente na pronta adoção do HTML 5, e pediu um voto de confiança, especialmente para o desenvolvimento da plataforma móvel. “Nos próximos três a cinco anos estaremos em transição, de uma empresa na web para empresa de publicidade móvel”, disse. Segundo o CEO do Facebook a rede social perdeu 2 anos ao tentar desenvolver aplicações móveis com base no padrão HTML 5. O caminho agora é o desenvolvimento de aplicativos nativos.
O CEO também acenou com a possibilidade da rede social investir pesado no mercado de busca. “O Facebook é bem posicionado para responder às perguntas que das pessoa. Em algum momento nós vamos fazê-lo. Temos uma equipe trabalhando nisso”, disse.
E provocou: “Eu prefiro ser subestimado. Acho que um monte de pessoas está nos subestimando”, continuou, ressaltando que só quer continuar a construir coisas boas.
Confira, abaixo, como foi a seção de perguntas e respostas (em inglês) conduzida por Michael Arrington.
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Inicialmente, a fala de Zuck e sua tentativa de mostrar que ainda é um bom momento para se juntar à companhia e “aumentar as apostas”, foram bem recebidas pelo mercado. A ação da companhia fechou a 19,43 dólares nesta terça-feira, bem abaixo de seu preço de IPO, de 38 dólares. Mas o papel avançou para mais de 20 dólares no after-market. Há exatamente uma semana, na terça-feira, 5/9, as ações do Facebook atingiram novo patamar mínimo, de 17,55 dólares, antes de fechar a 17,73 dólares na Nasdaq.
De fato, o sentimento de Wall Street em relação ao Facebook é, hoje, muito pior do que o sentimento dos anunciantes.
